Para a triste e desventurada alma que habita as clausuras turvas de Reading.
Tu disseste que sentes um amor que não pode ser sentido, ora digo que és um tolo! Pois pelo menos tens a ventura de sentir e poder falar sobre tão lindo e grande amor. Ah! Eu daria tudo para estar em teu lugar... Pois já não consigo mais amar, já não consigo sentir absolutamente nada!
Tudo qu’eu tinha eu ofertei a ele, sem hesitar m’entreguei de corpo e alma para este sentimento, e o que ganhei? Dor, desilusão e infelicidade... Oh! Como sou infeliz! Eu nem consigo m’entregar a alguém. E o pior, eu se quer consigo criar palavras belas como as que outrora tu fizeste.
Eu apenas queria amar de novo, sentir este sentimento tão puro ,tão quente, tão proibido... Quisera eu poder entregar-me demasiada e sinceramente a alguém. Mas como? Se minh’alma é uma tumba gelada dotada de agonia?
Se por ventura alguém ler esta carta deprimente, venha ao meu encontro e [se possível] me faça amar novamente.
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