Eis a Moradas dos Desgraçados e Perdidos...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Por uma nova realidade


Como o mundo cotidiano é pobre, injusto e sem perspectivas quando comparado com a multiplicidade de realidades e possibilidades que se apresentam nas mais variadas formas de literatura, Nas HQs, nos mangás, nos  Games e no RPG.

Neles você sempre tem a chance de vencer a mediocridade – mesmo na derrota, no fracasso, ou na própria mediocridade; quando estes conceitos ou fatos do nosso cotidiano aparecem evidenciados nessas outras realidades/ficções que temos o poder e a chance de criar.

Mas esse “poder” ao mesmo tempo parece ser uma bênção/maldição, pois essas novas ficções por nós criadas (vamos considerar nossa realidade cotidiana como outra ficção) podem nos proporcionar uma dose de alento e de esperança para suportar as desgraças e incertezas desse real tornam-se de imediato uma maldição por se tornarem uma inutilidade, afinal, que sentido tem um Dostoiévski, um Fernando Pessoa, um George R.R Martin, um Alan Moore para um mendigo, para um adolescente pobre e semi-analfabeto sem perspectiva ou a um pai de família que trabalha o dia inteiro para sustentar uma família que ele nunca quis? Exatamente – Nenhuma!

E como as obras e ideias desses caras poderiam mudar a vida desses sujeitos? – Elas não podem. Ai está o cerne de toda essa desgraça que é a vida humana... As outras ficções ou realidades sempre serão melhores que a realidade ficcional a que nos acostumamos a chamar de real. Sempre, sempre, sempre faltará algo para que esta realidade seja um lugar capaz de nos proporcionar a nossa plenitude, nosso heroísmo e o nosso encontro com nós mesmos...


Mas então, por que continuamos presos a essa realidade medíocre e limitada, por que não vamos para outro lugar? Sinceramente – não faço a menor ideia. E você sabe como me tirar desse lugar?  


Nenhum comentário:

Postar um comentário