Eis a Moradas dos Desgraçados e Perdidos...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Numa certa madrugada em uma sarjeta de Paris



Você não tem idéia
Da tragédia que tem me consumido
Creio que se eu descrevê-la
Só irei sangrar, mas eu preciso...
Mesmo qu'eu tenha de m'esfolar.

Eu sou uma vitíma de Eros...
Tinha filhos, era amado e amava
A mais bela, pura e fiel mulher.
Foi então que apareceu aquele Efebo...
Oh! Por ele perdidamente fiquei amar
Na verdade, me apaixonei pelos seus versos,
Por sua liberdade, por sua genialidade, por sua renovação,
Eu amava o poeta
Não amava Arthur.

Percebi isso tardiamente
Já tinha por ele sido sorvido
E minha mulher m'esquecido
Tentei fazer dele o que não tinha
Quis fazer um castelo
Fui então expulso, quase morri
De tanto apnhar.
Pensei em voltar para minha amada
Era inútil.

Matei o mais belo e promissor
Poeta que o mundo criou,
Traí a mais casta e bela senhora
Joguei o nome Verlaine
Numa fossa sem igaul.
Pequei contra o Deus
Que tanto amo...

Poderá ele
A Paul Verlaine
Perdoar.

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